Foto: Mila Maluhy |
COMO
ASSIM você deixa o programa, Marcelo Tas??? Tá louco???
Não…
eu te entendo! Foram seis anos de programa e muita coisa aconteceu: prêmios e
críticas, beijos e tapas, conquistas e perdas. Acontecimentos e tempo o
suficiente pra sentir a necessidade de renovação.
Volto,
então, pra 2008 quando eu era nada conhecido e chegava nas festas, coberturas
de playboy, premiações, lançamentos de livro e olhavam pra mim com uma cara
estranha meio que perguntando pra si: “Quem é você?”. Olhavam pro cubo que
estava no microfone e associavam mais imediatamente ao teu nome do que ao nome
do programa.
-
“Ah, adoro o Marcelo. Manda um beijo pro Tas”.
Se
hoje sou reconhecido nas ruas, além de ser pelo meu trabalho, também é muito
por sua causa. Você emprestou seu prestigio pessoal pra alavancar o programa e,
indiretamente, a mim.
“Ô
Pequeno Pônei, manda um abraço pro careca lá!”. Ouço muito isso na rua, no
cinema, no shopping, durante as gravações do Proteste Já… Nunca mandei, mas
mando agora: Tas, MUITAS, MUITAS, MUITAS pessoas me falaram isso. É um número
estratosférico!
Nem sei se imagina.
Por
algumas vezes, quando acontece isso, penso: caraca, o Tas é o cara que fez um
sucesso enorme com o Professor Tibúrcio há décadas e, depois de tanto tempo, em
outro momento da vida, ele volta a se destacar com algo que não tem
absolutamente nada a ver com aquele personagem. Várias pessoas sequer
imaginavam ser o mesmo artista. Poucos são capazes de fazer sucesso em
momentos tão distintos da vida! Sem falar no poderoso Ernesto Varela,
personagem que conheci e nem me passava pela cabeça que trabalharia com o
seu criador.
Em
2011 fui convidado pra apresentar o CQC ao seu lado. Não seria fácil fazer
isso, dadas as circunstâncias. Como você ancorava o programa há 4 anos, e mesmo
com toda a sua experiência na TV, imaginei que a sua atitude seria algo próximo
a “sentaí e aprende
comigo” quando me sentasse na bancada no primeiro dia. Afinal,
você e o Luque tinham tanta química, se conheciam tanto que me
restaria apenas dançar conforme a música.
E
não foi nada disso. Sua generosidade em me observar e me ouvir, me dar espaço
pra que eu pudesse improvisar me fizeram te admirar ainda mais.
Sendo
assim, meu repúdio é bem egoísta. Gostaria que continuasse no programa
e me ajudasse a manter minha lembrança emotiva viva e fresca dessa época.
Mas eu sei que isso tem que acontecer independente da sua escolha e do que está
por vir, né?
O
tempo passa, as coisas mudam, a fila anda. “Pedras que rolam não criam limbo”.
Marcelo Tas: like a rolling stone!
Desejo
felicidade, diversão, serenidade, força, alegria, sucesso, brilho, e mais uma
pá de coisas boas que a gente deseja nesses momentos.
Força
na peruca e manda ver como tem feito.
Um
beijo enorme!!!
Oscar
Filho