Nada de 224 tuítes, 163 mensagens de texto (SMS) ou 37 e-mails para tornar-se envolvido, como apontou o estudo inglês da empresa de eletrônicos Pixmania. O Tinder está, para muitos, no topo da disputa entre apps, redes sociais, sites e outras formas de comunicação virtual para encontrar um par. Há dois motivos para isso: facilidade e segurança.
Instalado e ligado ao Facebook, o Tinder mostra fotos na tela do smartphone ou tablet, oferecendo apenas duas opções de interação: um X (‘nope’, ou ‘não gostei’) e um coração (‘liked’, ou ‘gostei’). Quando duas pessoas ‘se curtem’, o sistema avisa e o casal interessado pode se comunicar.
Diferentemente do Grindr , o Tinder só funciona integrado ao Facebook do usuário. Dessa forma, pelo menos em teoria, é mais difícil enganar os demais usuários, com informações falsas, já que tudo (nome, idade, foto, interesses e amigos) é automaticamente importado do perfil na rede.
Funciona. A jornalista Bia Freitas (nome fictício), 33, não conhecia alguém há algum tempo. Há três semanas, por indicação da irmã, baixou o Tinder. Vieram papos legais com caras legais, ela diz. E um encontro.
“Foi uma ótima experiência. Uma noite super agradável de bom papo e risadas”, conta. Bia, que já havia testado outros aplicativos, recomenda que os usuários tenham cuidado. “A gente vê todo dia casos bizarros envolvendo a internet”, diz.
Por outro lado, ela acredita que a tecnologia pode ser usada para aproximar as pessoas. “Antigamente, a gente fazia amizade basicamente conhecendo alguém que nossos amigos conheciam. Os tempos são outros”.
Adepto das redes desde o antigo chat do UOL, Darlan Carli, 27, também está no Tinder. Há quatro meses com o foco no aplicativo, na última semana, ele começou a sair com uma jovem.
“(Usar o app) não é tão diferente quanto conhecer alguém numa festa, balada ou bar”. Em alguns casos, é até mais prático, já que “na balada você precisa se deslocar” até a pessoa, e, no aplicativo, tudo é feito no conforto do sofá de casa.
Futuro. Apesar da facilidade de encontrar alguém, para a relação ir adiante é preciso mais. “O primeiro traço desse possível amor (no Tinder) vem pela via da composição estética do que seria esse meu objeto de desejo. Mas a imagem é um suporte fraco. Há outros mais fortes, como as afinidades”, afirma o psicólogo Jacques Akerman, professor da Universidade Fumec.
Por isso, ele recomenda que os usuários se encontrem logo – e atentos à segurança pessoal. “Só aí verão se os envolvidos se sustentam além da imagem criada”, propõe. Segundo ele, não adianta ser “bonitinho mas ordinário” ou ficar tão encantado e esquecer que o outro é uma pessoa com falhas.
Brasileiríssimo
Conhecer pessoas novas e que estejam em locais próximos a você. Essa é a proposta do Eaí, novo aplicativo de relacionamento brasileiro criado pelo Grupo Xangô, especializado em criar e acelerar start-ups de tecnologia.
O app usa a geolocalização para rastrear pessoas em um raio de 1 km a 100 km. O perfil do usuário é criado conforme os dados do Facebook dele.
A ferramenta gratuita está disponível há três semanas para o sistema iOS e conta com 7.000 usuários. O lançamento para Android deve ser em dezembro.
Fonte: O Tempo