O ponto de interesse do estudo é entender o que é considerado “normal” em termos de comportamento pelos casais que se declaram extremamente felizes e como a sintonia emocional interfere na vida sexual que eles levam. “Eles fazem mais sexo do que os casais médios ou infelizes e estão mais satisfeitos com o desempenho, tanto individual como em dupla, na cama. A pesquisa revelou que todos os aspectos positivos relacionados à sexualidade são mais frequentes entre quem é mais feliz com o relacionamento”, afirma Pepper.
De onde vem a felicidade?
Em grande medida, a felicidade deles se manifesta e se sustenta nos pequenos gestos cotidianos. Entre os mais mencionados por integrantes de casais em alta sintonia estão andar de mãos dadas, falar “eu te amo” a qualquer momento, dar as mãos ou se abraçar quando diante da TV ou de uma tela de cinema, dar e receber beijos e “selinhos” espontâneos, dar e receber cafuné, ter apelidos carinhosos e fazer demonstrações públicas de afeto.
Acontecimentos mais elaborados e memoráveis também entram na lista do que proporciona contentamento no dia a dia deles. 88% dos casais extremamente felizes fazem viagens românticas com duração de dois a dez dias pelo menos uma vez a cada três meses. Além disso, 75% das mulheres desse grupo ganham presentes românticos – flores, cartões, bombons, joias – sem motivo ou data especial.
E até o best-seller “Cinquenta Tons de Cinza”, de E.L. James, acabou entrando na vida dos casais em perfeita sintonia. Pouco mais de 50% desses homens e mulheres assumiram que passaram a usar brinquedos e acessórios eróticos depois de ler, juntos, o livro.
Tudo isso resulta em um companheirismo que não se desgasta com o passar dos anos, de acordo com a pesquisa de Pepper. Entre viver momentos felizes com o(a) parceiro(a) e ter uma carreira profissional com alto retorno financeiro, homens e mulheres em relacionamentos extremamente felizes ficam com a primeira opção, estejam eles na casa dos 20 ou dos 70 anos de idade. “Eles não trocariam o entrosamento por dinheiro nenhum”, diz. Por isso, não é de se estranhar que uma das características desses casais seja a disposição para superar adversidades de qualquer natureza (saúde, emprego ou família) juntos.
Alegria também na cama
A vida sexual também é beneficiada – e muito – pela sintonia emocional. Independentemente da faixa etária, casais extremamente felizes fazem sexo pelo menos três vezes por semana (“Os mais velhos lançam mão de medicamentos estimulantes abertamente, sem o menor problema”, conta) e estão plenamente satisfeitos com o desempenho individual e em dupla. Nos outros grupos, o sexo é bem menos frequente (de uma vez por semana a uma vez por mês) e, para 53% dos homens e 37% das mulheres, feito por obrigação.
A confiança e a cumplicidade também ajudam a colocar em prática pequenas alterações em prol do maior prazer sempre que necessário, pois nem homens nem mulheres têm vergonha de falar para o(a) parceiro(a) o que querem experimentar. No período da pesquisa, os homens revelaram que pediram novas posições sexuais, menos passividade e mais barulho na hora da relação. As mulheres, por sua vez, quiseram preliminares mais longas, menos previsibilidade e mais conversa durante o sexo. Todos garantiram que foram atendidos.
Como em um moto-contínuo, a sintonia emocional leva à satisfação sexual, que faz o casal agir com sintonia emocional logo em seguida. Absolutamente todos os casais extremamente felizes contaram que ainda na cama, depois do sexo, fazem pequenos ou grandes planos para o futuro próximo ou distante. E que não se imaginam nessa situação com nenhuma outra pessoa.
Fonte: IG