segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Mania de Casal - Mitos e verdades sobre a infertilidade


Assuntos nem sempre tão comuns de serem discutidos e debatidos por ai acabam gerando uma série de "achismos" que vão se tornando verdade e um vai passando para o outro e ai ninguém mais sabe o que é real e o que é fantasioso.

Um destes assuntos que envolvem muitos casais é a infertilidade. Abaixo, separamos alguns mitos e verdades para acabarem de vez com as dúvidas de vocês.


MITO: A maioria dos problemas de fertilidade está relacionada às mulheres. 

VERDADE: A infertilidade é uma doença do sistema reprodutivo definida pela falha em engravidar após 12 meses de relações sexuais regulares sem proteção. As causas da doença estão relacionadas aos homens e às mulheres, quase na mesma proporção. Em 40% dos casais inférteis, a causa está no homem, nos outros 40%, na mulher. Os 20% restantes são um problema de ambos ou são de causa desconhecida. Há causas variadas para a infertilidade, incluindo deficiência na produção de óvulos ou de espermatozoides e anomalias genéticas ou congênitas, tanto na mulher como no homem. É importante que o casal considere que, não importa qual a causa de infertilidade, ambos devem apoiar-se mutuamente caso queiram ter um filho juntos.


MITO: Tomar pílulas anticoncepcionais preserva a fertilidade.

VERDADE: Independente de a mulher tomar ou não pílulas anticoncepcionais, suas reservas de óvulos continuarão sendo reduzidas mês a mês. Ainda, ao iniciar um método anticoncepcional uma mulher que nunca esteve grávida, não poderá saber se era fértil ou não.

OBS: A pílula anticoncepcional não protege a mulher contra as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Estas doenças podem afetar a fertilidade.


MITO: Uma mulher com estilo de vida saudável, através de uma dieta balanceada e exercício moderado, poderá dar à luz aos 40 anos ou mais.

VERDADE: Infelizmente, embora o estilo de vida saudável e a genética desempenhem importante papel na capacidade da mulher de gerar uma vida, a idade desempenha o papel principal. É importante que a mulher não consuma álcool em excesso e que não fume, porque isso reduz sua fertilidade. E, não obstante qualquer cuidado, quando uma mulher completar 45 anos, já terá menos de 5% de possibilidades de dar à luz e mais de 70% de possibilidades de apresentar abortos espontâneos, mesmo tendo engravidado com seus próprios óvulos. A realidade é que a idade não consegue enganar a fertilidade.


MITO: Apresentar sobrepeso ou ser muito magra não representa um obstáculo para a gravidez.

VERDADE: Recomenda-se estar dentro do peso ideal ou com uma variação, para mais ou para menos, de no máximo 15%. É importante manter um peso no qual o corpo e seus sistemas hormonais funcionem adequadamente. Como saber qual é o peso ideal? Obtendo o Índice de Massa Corpórea (IMC), uma medição padronizada da relação altura - peso. Quando um casal deseja a gravidez e tem problemas de peso deverá consultar seu médico e um(a) nutricionista².

O risco de estar muito magra (o). As mulheres de baixo peso podem deixar de ovular, de ter períodos menstruais regulares ou podem deixar de menstruar. Frequentemente, os homens com IMC inferior a 18 tem seu desejo sexual diminuído, seus espermatozoides são menos ativos e com vida mais curta do que os dos homens com IMC na faixa normal.

O risco do sobrepeso. Entre 4% e 5% das mulheres em idade fértil apresentam Síndrome do Ovário Policístico (SOP), uma causa comum da infertilidade feminina que é exacerbada com a obesidade. As causas exatas sobre como o excesso de peso interfere com a gravidez ainda são desconhecidas, porém estão associadas aos longos intervalos entre os períodos menstruais e ao excesso de determinados hormônios que inibem a ovulação. A gordura corpórea em excesso contribui para a resistência à insulina e também pode indicar problemas subjacentes, tais como a SOP.


MITO: Uma gravidez anterior é indicativa da fertilidade da pessoa.

VERDADE: Ter engravidado anteriormente é um indicador de que a pessoa foi fértil em algum momento de sua vida, mas não é garantia de que o casal será fértil nas próximas tentativas de gravidez. De fato, o maior grupo de pessoas inférteis está composto por aqueles que apresentam a chamada infertilidade secundária. A infertilidade secundária é a incapacidade de gerar um filho ou de levar uma gravidez até o parto após ter dado à luz um ou mais filhos. Frequentemente, esse grupo é formado por pessoas com mais idade e com maiores probabilidades de contrair doenças sexualmente transmissíveis, o que reduz a possibilidade de gravidez. Nas mulheres, a maior redução da fertilidade começa a partir dos 35 anos. Após essa idade as taxas vão caindo abruptamente.


MITO: A idade do homem não influi na fertilidade do casal.

VERDADE: Apesar dos homens acreditarem que sua idade não afeta as possibilidades de engravidar a parceira, cada vez mais pesquisas observaram que homens com mais de 40 anos de idade apresentam risco maior de gerar uma descendência com anormalidades cromossômicas, o que pode incrementar a taxa de abortos espontâneos de suas parceiras. Apesar de muitos desses estudos não serem conclusivos, tudo indica que a incidência do autismo e da esquizofrenia pode aumentar em crianças cujos pais tinham mais de 40 anos de idade quando as geraram.


MITO: Todos os problemas relacionados com a fertilidade podem ser diagnosticados.

VERDADE: Apesar de existirem tratamentos para a maioria dos problemas de fertilidade que afetam homens e mulheres, 20% dos casais receberão diagnóstico de "infertilidade sem causa aparente". Embora isso não signifique que o casal não poderá gerar um filho, é um resultado frustrante, tanto para o casal como para o médico responsável pelo tratamento. Mesmo no caso de o tratamento funcionar para os casais com esse tipo de infertilidade, o problema inicial continuará sendo um mistério.


MITO: Você conseguirá engravidar caso tente adotar uma criança.

VERDADE: Todos conhecem alguém que adotou uma criança e engravidou em seguida. Acredita-se que ao deixar de ter uma preocupação extrema de gerar um filho, o estresse e a tensão diminuem e, então, simplesmente "acontece". Apesar de ser desconhecida a quantidade exata de mulheres que engravidam depois de fazerem uma adoção, muitos estudos indicam que a porcentagem varia de 3% a 10%. Levando em conta que entre 15% e 20% dos casais inférteis não apresentam causa aparente, é provável que a gravidez após a adoção ocorra a esses casais.


MITO: O tratamento da infertilidade tem baixo êxito e é muito penoso.

VERDADE: Os avanços no tratamento da infertilidade, com terapias que se valem de Técnicas de Reprodução Assistida (TRA), têm garantido alto índice de êxito. A taxa de gestação é superior a 60% com três ciclos de tratamento e pode ser até maior com mais tentativas. O tratamento hoje é mais amigável e menos complexo, isso pode melhorar a adesão ao tratamento. A alfacorifolitropina (Elonva), um medicamento recentemente lançado no Brasil, substitui as sete primeiras injeções diárias da terapia padrão por uma única injeção, com a mesma eficácia e segurança. Esta é a mais importante novidade na área de reprodução assistida dos últimos dez anos, e este novo protocolo na terapia da infertilidade trouxe mais conforto e comodidade às mulheres.

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